1 de dezembro de 2010

De portas fechadas !!!

Olá galera, tudo bem?


Estive pensando muito ultimamente sobre o tênis no Brasil e a cada dia que passa fico mais triste. Sabemos que o tênis BRASILEIRO não é uma potência igual a Estados Unidos, Espanha, França, Argentina, Suécia, etc., falta muita coisa ainda para termos uma infraestrutura de primeiro mundo, mas temos sim nossa historia no tênis com tenistas que foram muito importantes para o desenvolvimento do tênis tanto no Brasil como internacionalmente.

Houve alguma mudança no tênis brasileiro ultimamente? Muitas coisas se falaram e, no meu modo de ver, nada aconteceu, continuamos no mesmo lugar. Cada vez mais vejo que o tênis brasileiro está muito desunido. Não estou falando sobre amizade de ex-jogadores ou algo do tipo. A amizade existe e continua. Estou falando de outro tipo de desunião. Muito se fala que o tênis está sem incentivos, sem um centro de treinamento fixo e até sem ajuda dos ex-jogadores profissionais, mas, na verdade, o que realmente acontece é que ninguém se auto-ajuda, o tênis não quer ser ajudado.

Respeito a decisão de cada um dos ex-jogadores, cada um segue o seu destino após encerrar a carreira, assim como segui a minha, mas é preciso uma mobilização maior de todos (CBT, jogadores e ex) para levantar o tênis brasileiro. Há muita gente com disposição para ajudar. Muitas pessoas que amam intensivamente este esporte e se colocam diariamente dispostas a ajudar, seja qual for a forma, o tênis.

Eu mesmo sempre me coloquei à disposição, mas nunca fui chamado para colaborar em alguma coisa. O tênis é minha vida e sempre quis ajudar, mas nunca vieram me chamar. E isso não acontece apenas comigo. Outras pessoas e até ex-jogadores sempre estão à disposição e nunca são procurados. São pessoas que poderiam, através de sua experiência, ajudar não só os jogadores profissionais como, principalmente, a garotada que está começando e os jogadores em transição do juvenil para o profissional. É dessa desunião que falo e que tanto deve mudar. É preciso mais reconhecimento aos ex-jogadores, é preciso uma união maior para o tênis brasileiro crescer como um todo e não dependendo apenas de um ou outro jogador. Nosso tênis tem muita qualidade e é preciso explorá-la melhor.

Há pessoas que poderiam pôr a mão na massa e contribuir para uma melhora, mas, ao se omitirem, deixam o tênis vulnerável e nas mãos de quem não deve. Isso só contribui para continuar ainda mais com essa desunião, girando em torno de um grupo só. Infelizmente, a melhora não é visível. Quem tem o poder nas mãos poderia abrir a porta para os outros que também querem ajudar. A questão é: até quando ???


Fiquem com Deus

Por Alexandre Simoni (@AlexandreSimoni)
Colaboração de Marcelo Bechara (@celobechara)